Cinco livros para refletir sobre a desigualdade de gênero

Por: Thaís C. Vitale | Em: 13 / outubro / 2017

No dia 11 de outubro é celebrado o Dia Internacional das Meninas. A data, como esclarece a ONU – Organização das Nações Unidas, tem o objetivo de marcar “os progressos realizados na promoção dos direitos das meninas e mulheres adolescentes” e reconhecer “a necessidade de se ampliar as estratégias para eliminar as desigualdades de gênero em todo o mundo”. Para celebrar, recomendo livros que nos ajudam a refletir sobre o tema.

1. Sejamos todos feministas, de Chimamanda Nigozi Adichie.

Chimamanda expõe alguns problemas relacionados à diferença de gênero e mostra os impactos sociais causados pelo machismo. Em uma linguagem simples, marcada pelo humor, ela convida todos a refletir sobre o significado da palavra “feminista” e explica porque ser feminista é importante para termos uma sociedade igualitária.

2. Para educar crianças feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie.

O livro é escrito em forma de carta a uma amiga da autora, que lhe pediu conselhos de como educar a filha recém-nascida. Chimamanda, então, escreve alguns conselhos separados por grandes temas sobre o que acredita como educação que leve à igualdade de gênero.

A autora aborda vários assuntos necessários para discutirmos a fim de termos uma sociedade igualitária: a divisão de trabalhos domésticos entre homens e mulheres, a linguagem usada para falar de sexualidade, as roupas e os brinquedos que os pais dão a meninos e meninas, o valor do casamento para homens e mulheres, os perigos do feminismo leve, entre muitos outros.

3. Os homens explicam tudo para mim, de Rebeca Solnit.

Livro super necessário. Nele, a escritora Rebeca Solnit parte de um episódio de sua vida, quando um homem não a deixou participar de uma conversa para lhe recomendar um livro muito importante de um assunto que ele não dominava e que, pasmem, era escrito por ela mesma.

A partir desse exemplo, que gerou o termo “mansplaining”, cuja criação é atribuída à Rebeca, ela apresenta dados muito alarmantes relacionados à misoginia, especialmente os altíssimos casos de estupro e feminicídio que ocorrem nos EUA.

De maneira clara, ela expõe o que é o feminismo, mostra alguns dados mercantes do movimento a partir dos anos 70 e apresenta a origem de termos que, hoje, são usados no dia a dia, como violência doméstica, cultura do estupro e senso de direito ao sexo.

Esse livro é de extrema importância para as pessoas saberem que, diferentemente do que é exposto muitas vezes nas falas de ódio, sobretudo nas redes sociais, “o feminismo é um esforço para mudar algo muito antigo, muito difundido e profundamente enraizado em muitas culturas, talvez a maioria delas em torno do mundo, em inúmeras instituições e na maioria dos lares na Terra – e também na nossa cabeça, onde tudo começa e tudo termina”; “o feminismo, como observou a escritora Marie Sheer em 1986, “é a noção radical de que as mulheres são pessoas”. Mulher é gente – eis uma noção ainda não aceita universalmente, mas que vai se difundindo”.

4. Mulheres incríveis, de Kate Schatz, Miriam Klein e Jules de Faria.

As autoras apresentam 44 pequenas biografias de mulheres de vários países que lutaram, em diferentes épocas, contra a desigualdade de gênero em diversas áreas: química, medicina, política, artes, entre outras. Todas as biografias são acompanhadas de ilustração e são escritas em uma linguagem simples e acessível.

A proposta é muito semelhante à da obra Histórias de ninar para garotas rebeldes; Mulheres incríveis, porém, apresenta arte padronizada em preto e branco e é menor, por isso seu preço é mais barato. Além disso, no final do livro, há uma lista de sugestão de outras mulheres importantes para que, quem quiser, possa fazer suas próprias pesquisas sobre elas.

5. Histórias de ninar para garotas rebeldes, de Elena Favilli e Francesca Cavallo.

As autoras apresentam cem biografias sobre grandes mulheres da história, que lutaram pela igualdade de gênero e deixaram um grande legado. Nomes como Marie Curie, Jane Austen, Malala Yousafzai, Isabel Allende, Irmãs Brontë, Yusra Nardini, Cora Coralina, dentre muitos outros, estão contemplados nessa obra, que apresenta grande diversidade de nacionalidades, objetividade da escrita (a proposta é apresentar, em uma página apenas, a biografia das mulheres, logo não espere uma abordagem profunda) e ilustrações lindas e ricas em cor e técnicas.

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